De martelos, limas e forjas
Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, (Tiago 1.2)O brinquedo predileto do primo Tércio era o bam-bam. Fascinado pelo martelo, ganhou do meu pai um de borracha de trocar pneu . Batia em tudo. Moleque! Recentemente eu perguntei se ele se lembrava disso, disse que não. Acho que, na verdade, de tantas histórias e causos que protagonizou, finge não se lembrar deles.
Muitas vezes, a nossa memória é viciada em se esquecer. Ou então, em recontar o fato através de uma lente de leite condensado (como diria minha irmã). Fingimos esquecer aquilo que foi dolorido, esquecendo também do Senhor da história, que não dá espaço ao acaso, mas tece episódios da tapeçaria que conta a nossa historia em cada fio.
Deus usa a história como ferramenta para nos moldar, acordar e amadurecer. Por exemplo, um martelo, uma lima ou uma forja.
O martelo é uma ferramenta útil; mas o prego, se tivesse sentimentos e inteligência, poderia apresentar outro lado da história. O prego conhece o martelo somente como um adversário, um inimigo impiedoso, brutal, que agride em cada encontro, para subjugá-lo à sua função, deixando-o fora da vista e escravizando-o a seu destino final. É conhecido como o prego do martelo, pois não pode cumprir sua função sem levar pancadas. Precisa de um algoz.
Nem o prego nem o martelo funcionam sem o seu operador. Se um prego tivesse a consciência do projeto do marceneiro, certamente saberia da necessidade do martelo, das pancadas e do seu papel. Então, todo o ressentimento contra o martelo se acabaria. O carpinteiro decide qual cabeça será espancada e, em seguida, que martelo que será usado na batida. O que é o bem soberano. Quando o prego se entregar à vontade do trabalhador e der um pequeno vislumbre de seus planos para seu futuro que isso trará para o martelo sem reclamar.
A lima é mais dolorosa ainda, o seu trabalho é moer o metal macio, raspando e corroendo as bordas até que tome a forma do metal a sua vontade. No entanto, a lima não tem, na verdade, nenhuma vontade real na matéria, mas serve seu mestre, como o metal também faz. É o mestre e não a lima que decide quanto vai ser comido, que forma o metal vai tomar e quanto tempo a dor continuará. Deixe o metal aceitar a vontade do mestre, e ele não vai tentar ditar quando ou como ele será limado.
A forja é a pior de todas. Cruel e selvagem salta em cada coisa consumível e inflamável que adentra e nunca relaxa sua fúria até reduzir todas as cinzas para disforme. Tudo o que se recusa a queimar é derretido a uma massa de matéria indefesa, sem vontade ou finalidade própria. Quando tudo o que deve derreter é derretido e tudo que deve se queimar é queimado, aí então o fogo se acalma e descansa de sua fúria destrutiva.
Sofrer não é divertido. Às vezes Deus usa um martelo — pelo menos é o que parece — e em outras vezes, ele usa uma lima dolorosa ou um fogo que consome e arde. Embora talvez não tão freqüentemente, temos consciência da nossa fragilidade e de que somos feitos de pó. Sofrimento é amargo e às vezes expõe aquele que sofre, mas a única coisa que você deve saber, cristão, é que Deus está com você por todo o sofrimento, e no calvário, experimentou mais dores do que cada um de nós. Ele concentrou todas suas energias em você e nunca sairá do seu lado, embora por um momento possa até parecer como se ele abandonasse o seu coração e fugiu de seus pensamentos.
Por quê? Por que temos que passar por momentos de julgamento e sofrimento? Às vezes passamos a sofrer porque fizemos más decisões. Lembre-se, Deus nos diz que colhemos o que semeamos. Há conseqüências para o pecado.
Às vezes na fornalha, é que somos purificados e fortalecidos.
O que fazer quando enfrentamos tribulações? Sofrimento não é divertido; Mas Tiago não nos diz para considerá-lo divertido! Ele diz que "considere pura alegria". As alegrias são divertidas e as dores não.Tem gente que diz: “No pain no gain” (Sem dor não há lucro). Como diversos clichês enlatados, essa frase não é necessariamente correta. Mais realista seria dizer “No pain, no pain!” (sem dor, sem dor!) Uns sofrem diariamente com dores e fraquezas. Outros, ao perder um sonho ou projeto. A tristeza chega por meio de qualquer forma de perda... Bem, isso não é divertido! Mas tais momentos podem ser vividos com alegria, se eles são um martelo, lima ou fornalha!
Como que uma pessoa poderia considerar o sofrimento que a cerca se as suas percepções são sempre de dor e frustração? Onde está a alegria? Até mesmo a alegria prometida para quem conhece a Jesus? (Jeremias 31.12, Sofonias 3.15)
Os psiquiatras dizem que tal atitude envolve negação bruta, pura e simples. Outros especialistas podem afirmar que tais pessoas devem continuar a medicação ou serem fechadas antes que elas explodam. Mas novamente, Tiago não diz, "Negar que você está agora em uma batalha muito difícil." Ele não diz, "Alivie a dor com distrações, álcool, drogas ou quaisquer outras formas de fuga". Ele na verdade diz para considerar nossas provações, isto é, ele encoraja a pensar com muito cuidado no que está acontecendo em nossas vidas e ele diz como fazê-lo de certa maneira, por causa do que vai acontecer em e através de nós como resultado.
O plano de Deus é proposital para sua vida, meu unguento agora vem do que Paulo e Timóteo escreveram no primeiro capítulo da carta aos colossenses. Deus não precisa de suas resoluções e promessas vazias de mudança. Ele se alegra no moldar do seu caráter e usa de tudo e de todos para a sua glória e honra.
Daniel
Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, e o irmão Timóteo, aos santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos, graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai. Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós, desde que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os santos; por causa da esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho, que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade; segundo fostes instruídos por Epafras, nosso amado conservo e, quanto a vós outros, fiel ministro de Cristo, o qual também nos relatou do vosso amor no Espírito. Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual; a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus; sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade; com alegria, dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz. Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus. E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas, agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis, se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro. Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja; da qual me tornei ministro de acordo com a dispensação da parte de Deus, que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra de Deus: o mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória; o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo; para isso é que eu também me afadigo, esforçando-me o mais possível, segundo a sua eficácia que opera eficientemente em mim. Colossenses 1
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