Parece Capivara!
Ao retornarmos às nossas atividades aqui no Japão, logo no primeiro encontro que tivemos, falava à igreja sobre a necessidade de transparência nas nossas atitudes, e, para ilustrar a mensagem, contei um causo que ouvi junto com o meu amigo, o presbítero Felipe Sabino – O Causo da capivara de Poconé:
“Certa vez um compadre que foi caçar com a gente, viu umas capivaras banhando nas vargens do riu e disse: ‘O compadre, pega umas três ou quatro capivaras dessas aí, pra eu levar lá pra Poconé pra nós comer elas mais tarde.’” (pra contar a história, é preciso imitar o sotaque). “O amigo logo respondeu: ‘Rapaz, ocê num faiz um negocio desses não, que cê vai é se encrenca co a polícia!’ Mas o matuto já tinha um plano e logo instruiu: “Ocê faiz o seguinte: Pega essas capivara aí, bota uns óculos de sór nelas, ponha uns chapéu e uns cachecol nelas, que eu falo pro guarda que elas são meus parente de Poconé.’ Dito e feito, o matuto pegou estrada, mas ao chegar no Trevo do Largato, o policial rodoviário parou a caminhoneta e foi logo dizendo: ‘Oh, Sr. Cidadão, o senhor não sabe que é proibido transportar gente na carroceria da caminhonete?’ Ao que retrucou o motorista: ‘Seu Guarda, o Sr. Não murta eu não, que esses ai são meus primos lá de Poconé...’ O policial, por sua vez, deu uma olhada melhor nos parentes do matuto, e disse: ‘Olha, cidadão, eu vou deixar o Sr. Passar dessa vez, mas esses primos seus são muito feio – Parece capivara!”
Foi uma risada só! Falei de como, muitas vezes, o crente fica tentando disfarçar a sua personalidade, e se vestir de algo que não é. O exemplo acabou virando um meme para o pessoal da nossa igreja. Sempre que alguém fala ou faz algo engraçado, logo vem a voz de uns três ou quatro: “Parece Capivara!”
Muitas vezes, brasileiros no Japão sofrem uma crise de identidade. Deixaram pátria, família, amigos e muitas outras coisas em busca de uma vida mais confortável e menos sofrida. Certamente o Japão oferece inúmeras vantagens materiais aos imigrantes, apesar do alto preço pago em preconceito, trabalhos árduos e difícil adaptação cultural. Contudo, para o crente, o dia a dia na terra do Sol nascente apresenta maiores dificuldades relacionais. Muitos dos decasséguis sofrem a saudade, a solidão, a frieza dos corações e colhem frutos nefastos de uma vida distante de Deus.
Queremos na nossa igreja, proporcionar um lar, uma família estendida da fé, onde as pessoas não precisem de disfarces e dissimulações para transitar diariamente entre os homens, mas na presença de Deus. E nisso, reflito sobre as palavras de Paulo quando disse:
Rev. Daniel
“Certa vez um compadre que foi caçar com a gente, viu umas capivaras banhando nas vargens do riu e disse: ‘O compadre, pega umas três ou quatro capivaras dessas aí, pra eu levar lá pra Poconé pra nós comer elas mais tarde.’” (pra contar a história, é preciso imitar o sotaque). “O amigo logo respondeu: ‘Rapaz, ocê num faiz um negocio desses não, que cê vai é se encrenca co a polícia!’ Mas o matuto já tinha um plano e logo instruiu: “Ocê faiz o seguinte: Pega essas capivara aí, bota uns óculos de sór nelas, ponha uns chapéu e uns cachecol nelas, que eu falo pro guarda que elas são meus parente de Poconé.’ Dito e feito, o matuto pegou estrada, mas ao chegar no Trevo do Largato, o policial rodoviário parou a caminhoneta e foi logo dizendo: ‘Oh, Sr. Cidadão, o senhor não sabe que é proibido transportar gente na carroceria da caminhonete?’ Ao que retrucou o motorista: ‘Seu Guarda, o Sr. Não murta eu não, que esses ai são meus primos lá de Poconé...’ O policial, por sua vez, deu uma olhada melhor nos parentes do matuto, e disse: ‘Olha, cidadão, eu vou deixar o Sr. Passar dessa vez, mas esses primos seus são muito feio – Parece capivara!”
Foi uma risada só! Falei de como, muitas vezes, o crente fica tentando disfarçar a sua personalidade, e se vestir de algo que não é. O exemplo acabou virando um meme para o pessoal da nossa igreja. Sempre que alguém fala ou faz algo engraçado, logo vem a voz de uns três ou quatro: “Parece Capivara!”
Muitas vezes, brasileiros no Japão sofrem uma crise de identidade. Deixaram pátria, família, amigos e muitas outras coisas em busca de uma vida mais confortável e menos sofrida. Certamente o Japão oferece inúmeras vantagens materiais aos imigrantes, apesar do alto preço pago em preconceito, trabalhos árduos e difícil adaptação cultural. Contudo, para o crente, o dia a dia na terra do Sol nascente apresenta maiores dificuldades relacionais. Muitos dos decasséguis sofrem a saudade, a solidão, a frieza dos corações e colhem frutos nefastos de uma vida distante de Deus.
Queremos na nossa igreja, proporcionar um lar, uma família estendida da fé, onde as pessoas não precisem de disfarces e dissimulações para transitar diariamente entre os homens, mas na presença de Deus. E nisso, reflito sobre as palavras de Paulo quando disse:
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência; descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;Efésios 1.3-10
Rev. Daniel
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