EU NÃO ESTAVA LÁ…

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Ao ficar mais velho, parece que algumas experiências também ficam mais frequentes. Em 79, o Senhor chamou o Vô Lau. Ainda menino, eu sentia saudades e, aos poucos, fazia sentido das lágrimas que via no meu pai, na minha avó. Ainda não compreendia, entretanto, o que era a morte. Em 84, foi o meu Vô Douglas; já mais experiente no assunto, com sua morte aprendi mais sobre o que é a vida em Cristo. Em 90, foi um primo, em 99 minha querida tia, pouco depois, em 2001 a Vó Eulina, e eu não estava lá. Quando, em 2010, a minha Nana, a avó materna, foi levada, eu também não estava lá. 

Estive presente na vida de muitos quando seus queridos morreram. Mortes violentas, acidentais, por doenças. Parecia, porém, que todos a meu redor estavam bem. Até que não... Meus padrinhos, Filemom, Cordélia e Ortêncio foram chamados, e eu não estava lá... Mais tarde, ao atender o chamado para ministrar em terras estrangeiras, foram outros: Emilio, Cordioli, muito próximos, e padrinhos, e eu não estava lá. Não pude abraçar os primos, os amigos... Eu simplesmente não estava lá. 

Nas vésperas da pandemia, o Senhor levou o meu tio, querido pastor Álvaro e novamente eu não estava lá... E parece que esses últimos dias tem sido mais difíceis do que outros. Meu amigo de infância, colega de luta e de ministério, sucumbiu à Covid-19 e foi chamado para a vida eterna, e eu... não estava lá. Que pesar por seu pai, por sua viúva, por seus órfãos. Logo depois, meu irmão em Cristo, que enquanto em coma, também sob a Covid, perdeu a esposa, minha amiga Eunice, de quem sequer pôde se despedir, e tudo que eu pensava, é que eu não estava lá...

Nenhum assunto é mais difícil de enfrentar do que a ausência na morte. Uma vez, segui perguntando a várias pessoas, jocosamente, sobre a forma pela qual desejariam morrer. A certa altura da piada, como esperado, um amigo me perguntou: “E você, Daniel, como quer morrer?” – Minha resposta foi: “Eu não quero morrer! Você acha que sou louco?” A morte é um assunto muito chato e triste e meu conselho para você é que não tenha nada a ver com isso. Mas, claro, não podemos evitá-lo. Todos nós temos entes queridos e amigos que morreram ou morrerão, e nós muito provavelmente morreremos; no entanto, ainda assim é difícil pensar.

Um senhor que pastoreei durante alguns anos, apenas cinco dias antes de sua morte por câncer, me disse, enquanto o visitava no hospital: “Todo mundo tem de morrer, mas sempre acreditei que uma exceção seria feita no meu caso. O que fazer agora?"  Ele também, provavelmente estava sendo jocoso, mas por baixo talvez expressasse um medo que tem assombrado a maioria de nós: como devemos pensar e lidar com a morte, seja a de entes queridos ou nossa própria?

Essa pergunta tem causado alguma confusão entre o povo de Deus. Alguns disseram que desde que Cristo derrotou a morte, devemos ser alegres e vitoriosos em tudo. Eles negam o processo de luto. Outros são rápidos em explicar como Deus trabalhará tudo junto para o bem, o que é verdade. Mas ainda sofremos e sentimos a dor. Isso tudo parece extremamente frio e sem sentimentos!

Gênesis 23 fornece algumas respostas para a questão de como os crentes devem lidar com a morte. No relato, Abraão, o homem de fé, perde a esposa, Sara. Sua resposta reflete tanto realismo quanto fé. É interessante que apenas dois versículos tratam da morte de Sara e da dor de Abraão, enquanto 18 versículos tratam de suas negociações para garantir uma sepultura à amada. Você tem de perguntar, por que tanto espaço é dedicado ao que, à primeira vista, parece insignificante? A resposta é dada em Hebreus, que fala sobre a fé de Abraão e Sara:

Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar. Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade. Hebreus 11.13-16

É significativo que logo antes da morte de Sara leiamos a notícia vinda da terra natal de Abraão sobre os filhos nascidos ao seu irmão Naor. Naquela época, era importante que uma pessoa fosse enterrada em sua terra natal. Teria sido fácil para Abraão, com as notícias da família, ter pensado quando Sara morreu: “Devo levá-la de volta lá para enterrá-la”.

Mas Deus chamou Abraão para a terra de Canaã, a qual e ele e seus descendentes receberam por promessa. O versículo 2 diz que Sara morreu “na terra de Canaã”. O versículo 19 completa que foi “na terra de Canaã” que Abraão garantiu o local de seu sepultamento. Assim, o objetivo da ênfase dos esforços de Abraão para garantir uma sepultura na terra de Canaã é o de mostrar a sua fé na promessa de Deus ao lidar com a morte de Sara. O campo e a caverna de Macpela eram a única propriedade em Canaã que Abraão possuía, e ele teve de pagar o preço por isso. Mas ao fazê-lo, estava dizendo: “Creio que Deus fará como prometeu”. Abraão lidou com a morte de Sara de forma realista, mas com fé sólida nas promessas de Deus sobre o futuro. É assim que devemos lidar com a morte.

OS CRENTES LIDAM COM A MORTE COM REALISMO - A morte é o teste final de nossa fé. Ser um cristão fiel não nos isenta dela, a menos que estejamos vivendo quando Cristo voltar. Não podemos fugir disso nem adiar a nossa hora de partir. Cristãos que somos, precisamos encarar a morte de forma realista.

Isso significa que reconhecemos a morte pelo que ela é: uma inimiga que entrou na raça humana como a maldição de Deus sobre o nosso pecado. Não é, segundo alguns dizem, uma parte natural da vida. É nossa inimiga. Quando a Bíblia diz que Cristo aboliu a morte (2Tm 1.10), significa que ele quebrou seu poder sobre os crentes. A ressurreição de Cristo triunfou sobre a morte, contudo, essa vitória não será plenamente realizada até que ele volte para nos conceder corpos ressurretos como o seu. Até então, a morte é nossa inimiga, um doloroso lembrete do julgamento de Deus sobre nossa rebelião contra ele. Não devemos sorrir e dizer que não dói. A morte traz duras realidades.

A MORTE TRAZ REALIDADES EMOCIONAIS - Existe a realidade da perda e do luto. Embora Sara tenha vivido uma vida relativamente longa (ela é a única mulher na Bíblia cuja idade de morte é dada), Abraão lamentou e chorou quando ela morreu. Nunca é fácil. Não há nada de fraqueza ou antibíblico nas lágrimas em um momento de dor. O próprio Jesus chorou no túmulo de Lázaro (João 11.35). Paulo nos diz para chorar com os que choram (Rm 12.15). Não devemos fazer que as pessoas sofrendo se sintam desconfortáveis ou não espirituais com suas lágrimas. Certa vez preguei no funeral de um homem relativamente jovem, falecido na faixa dos trinta. Depois, eu trazia uma palavra de consolação à viúva, quando seu ex-pastor, de outra cidade, apareceu e tentou fazê-la parar de chorar dizendo: “Bem, louvado seja o Senhor! O Zé está na glória agora!” Eu queria dar uma apertadinha (de leve) no nariz dele! Deixe-a chorar!

Há também a realidade da solidão, pois a pessoa amada não está mais conosco. Duas vezes Abraão repete a frase: “sepulte meus mortos longe da minha vista” (23.4, 8) Esta pode ser apenas uma forma hebraica de expressar sepultamento, mas sugere a dor da separação que a morte traz. Antes da morte, um ente querido está sempre à nossa vista. Gostamos de ver a pessoa. No caso dos cônjuges, mesmo na velhice, a beleza de seu rosto, o calor de seu sorriso, o brilho de seus olhos, fazem o coração brilhar. A morte, porém, muda instantaneamente tudo isso.

Abraão e Sara tinham compartilhado quase que a vida inteira. Ela estava lá quando pela fé Abraão deixou Ur dos Caldeus. Havia compartilhado suas ansiedades enquanto se mudavam para a terra de Canaã. Eles esperaram juntos longos anos pelo filho prometido de Deus. E viram esse filho tornar-se homem (agora com 37 anos). Então, quando Sara morreu, Abraão ficou com um vazio em sua vida. Conquanto tivesse o Senhor, e Isaque, e, mais tarde, se casasse de novo, nada poderia preencher o buraco deixado quando Sara morreu. A morte traz a dor da solidão.

Observe que o Senhor não apareceu a Abraão nem deu uma palavra especial de conforto neste momento. Não estou sugerindo que Deus o abandonasse ou que ele não encontrasse conforto no Senhor. Somente não há indicação de qualquer revelação especial neste momento difícil. Às vezes, damos muito conforto quando dizemos a uma pessoa enlutada que Deus estará especialmente perto dela em sua perda. Certamente, ele está e estará. Contudo, não há especial registro desse tipo de consolação para tal grande homem de fé em seu momento de perda. A imagem é mais de um homem solitário, sofrendo e cuidando dos arranjos necessários para enterrar sua esposa. A morte traz as duras realidades emocionais da perda e da solidão, mesmo para um homem que é o amigo especial de Deus. Não há problema em dizer: “Mesmo com Deus, vai ser difícil!” Como disse no início, recentemente perdi amigos queridos. Estive com alguns dos familiares na minha ida ao Brasil, mas confesso que não soube, e até agora não sei, o que dizer a eles. Apenas chorei com eles, e continuo a chorar.

A MORTE TRAZ REALIDADES FINANCEIRAS - Talvez você pense que o alto custo dos funerais seja um fenômeno moderno! Mas há 4.000 anos, Abraão enfrentou o alto custo de enterrar sua esposa. Ele teve de cuidar desse negócio no meio de sua dor.

Vem do Senhor que devamos cuidar de tais negócios em momentos de dor. Se não tivéssemos de nos levantar de nossa dor (23.3) e lidar com algumas das questões práticas da vida, poderíamos ser sobrepujados pela dura realidade. O dever de trabalhar e cuidar do lado terreal da vida ajuda-nos a não sofrer além do que é saudável e a prosseguir com o processo de estabelecer uma nova vida para nós mesmos após a perda.

Esta história nos dá uma visão interna da forma como os negócios eram conduzidos nesta cultura antiga. Há muitos sinais não-verbais e culturalmente compreendidos acontecendo aqui, mas a questão básica que está sendo decidida é se esse estrangeiro residente, Abraão, ganhará uma posição permanente ou não de se tornar um proprietário de terras. As palavras lisonjeiras do versículo 6 foram provavelmente uma tentativa de fazê-lo permanecer um dependente sem-terra. A réplica de Abraão, onde ele nomeia Efrom, aproveitou habilmente o fato de que enquanto um grupo tende a se ressentir de um intruso, o proprietário de um ativo pode receber um cliente. 

Efrom fornece a Abraão não apenas a caverna, mas o campo anexado a ela (23.11). Na superfície, isso soa como um acordo generoso. Mas a oferta de entregá-lo a Abraão foi provavelmente uma maneira culturalmente cortês de dizer: “Diga seu preço”. Ninguém com honra aceitaria tal oferta. Era como pedir a um convidado para o jantar, às 23h, para ficar para mais uma xícara de café. Isso dá à pessoa a oportunidade educada (espero) de dizer: “Não, obrigado, eu me diverti muito, mas devo ir agora”.

Ao se oferecer para dar o campo junto com a caverna, Efrom não estava sendo generoso. Sob a lei hitita, se mantivesse a propriedade do campo, em linguagem moderna, teria de pagar os impostos sobre a posse. Se vendesse a parte maior com a caverna, a obrigação passava para o novo proprietário. Abraão concordou com este pacote estendido e, então, tudo o que restou, foi estabelecer o preço.

Efrom é sutil neste assunto, também. Ele persiste como se estivesse disposto a dar a propriedade a Abraão, mas atribui um valor de mercado ao seu “presente”. Isso permite que Efrom mencione o valor da terra como ele a vê, e isso implica que, se é tão generoso a ponto de dar a Abraão essa terra, como Abraão poderia ser tão mesquinho a ponto de negociar o preço? Abraão aceita, paga o dinheiro e a transação é legalmente testemunhada (23.16-18, 20). Observe também que Abraão tinha dinheiro suficiente em mãos para pagar por essa necessidade. Eu acredito que o povo de Deus deve ter o suficiente reservado ou preparativos para que não tenha de se endividar para cobrir o custo de um funeral.

Deixe-me aplicar essas palavras às questões relacionadas à nossa própria preocupação com as despesas que provêm dos funerais. A chave deve ser a moderação. Algumas pessoas são extravagantes em comprar os caixões e arranjos florais mais caros. Às vezes, elas se sentem culpadas por seu relacionamento com o falecido. Às vezes, sentem a necessidade de impressionar aos que assistem o funeral. Mas, na minha opinião, não é uma boa administração do dinheiro do Senhor ser extravagante em um funeral.

Por outro lado, não precisamos nos virar para o mais barato possível. Os cristãos estão divididos sobre a questão da cremação. Não estou preocupado com isso teologicamente, pois se um cadáver é queimado ou se decompõe no solo não é problema para Deus no dia da ressurreição. Mas o custo ou o meio de tratar o corpo depois da morte não devem ser os únicos fatores na decisão. É importante que você se sinta bem sobre o funeral em termos da honra dada à memória do falecido, dentro dos limites da moderação. Pode haver algum benefício para as gerações seguintes em ter um túmulo, o que geralmente a cremação não oferece. Embora eu não acredite em colocar flores em um túmulo ou que o morto desfrute de um túmulo com uma bela vista, pode haver valor em ter um lugar onde as pessoas possam ir ver a lápide e refletir sobre a vida dos mortos.

É importante que o funeral seja um momento de expressar publicamente a esperança do evangelho. Não há problema em mencionar alguns dos pontos fortes da pessoa e refletir sobre as lições de sua vida. Mas o foco principal deve ser fazer com que os presentes pensem na realidade da morte e na esperança do evangelho se confiarem em Cristo. Certifique-se de que a pessoa que você pedir para oficiar o funeral de seu ente querido prometa expor o evangelho de forma clara. Um funeral não é hora de rodeios sobre a verdade do evangelho.

Voltando ao ponto do nosso texto, a morte envolve realidades financeiras e quem está de luto muitas vezes se depara com questões práticas relacionadas à morte do ente querido. Mas há um ponto muito maior aqui, a saber, a grande fé de Abraão nas promessas de Deus. Enquanto os crentes precisam enfrentar a realidade da morte, tanto emocional quanto financeiramente, também precisamos encará-la com fé nas promessas de Deus.

OS CRENTES LIDAM COM A MORTE COM FÉ NAS PROMESSAS DE DEUS - O objetivo desta longa história de Abraão para garantir o sepulcro é o de mostrar sua forte fé na promessa de Deus, ao dar esta terra a seus descendentes. Moisés estava escrevendo para pessoas prestes a entrar na Terra da Promessa, a fim de conquistá-la de alguns inimigos assustadores. Muitos deles não tinham tanta certeza de que isso fosse uma boa ideia. À medida que os relatos mentirosos dos gigantes da terra se espalhavam pelo acampamento, a escravidão no Egito não parecia tão ruim! Moisés está mostrando como seu antepassado, Abraão, pagou o título legal para esse cemitério porque acreditava no que Deus havia prometido. Não apenas Sara, mas Abraão, Isaque, Rebeca, Lia e Jacó foram enterrados naquela caverna como testemunho de sua fé na promessa de Deus de dar a terra de Canaã a seus descendentes. Gênesis termina com José morrendo no Egito, longe da terra prometida, mas encarregando seus filhos de levar seus ossos com eles quando Deus os levasse para lá. Então, aí, Israel deveria entrar e reivindicar a terra que Deus havia prometido.

Todos eles testemunhavam acreditar em algo além e superior a um pedaço de propriedade. Criam que as promessas de Deus não terminam com esta vida. Deus vai fazer muito mais do que fez por nós nesta vida. Como diz o autor de Hebreus, eles desejavam “uma pátria melhor, isto é, a celestial” (Hb 11.16). Abraão estava “procurando a cidade que tem fundamentos, cujo arquiteto e edificador é Deus” (Hb 11.10). Sua fé olhou além do túmulo para as promessas de Deus de enviar o Salvador e, por meio dele, abençoar todas as nações.

Assim como Abraão disse que era um estrangeiro e peregrino (23.4), Deus disse a Israel: “A terra é minha; pois vocês são apenas estrangeiros e peregrinos comigo” (Lv 25.23). Davi reconheceu a Deus: “Porque somos peregrinos diante de ti, e lavradores, como foram todos os nossos pais” (1Cr¥ 29.15). Nos salmos, ele clama: “Ouve, Senhor, a minha oração, e dá ouvidos ao meu clamor; não se cale com minhas lágrimas; pois sou estrangeiro contigo, peregrino como todos os meus pais” (Sl 39.12). Mesmo quando Israel estava na posse da terra, esses homens de fé confessaram que seu verdadeiro lar não era aqui, mas no céu (Hb 11.13-16).

Numa madrugada aqui no Japão, quando o telefone tocou, ao ver quem era, a primeira pergunta foi: “foi na minha casa?” Jonatas, meu amigo, disse: “não, mas foi perto”. Senti a perda do Geraldo. Eu não estava lá. A morte, mesmo para os crentes, traz duras realidades. Sempre dói, sempre deixa um lugar solitário em nosso coração. Muitas vezes traz duras realidades financeiras. O Senhor não nos poupa dessas coisas só porque cremos nele. Mas pela dor, que nos lembra do nosso pecado como a razão pela qual a morte entrou neste mundo, nos dá a esperança de suas promessas. 

Vale a pena de mudar o foco. E daí que eu não estava lá? Cristo morreu por nós, para que o aguilhão da morte se fosse de uma vez por todas. Sim, lamentamos a morte de entes queridos, mas não sofremos como aqueles que não têm esperança. Se não estamos perto no momento da morte dos nossos queridos, Deus sabe o porquê. É porque num piscar de olhos, estaremos juntos novamente. Estaremos lá: onde não há choro. Lá está o tesouro do crente. Jesus foi preparar um lugar para nós, lá. Estaremos reunidos com nossos entes queridos que adormeceram nele!




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