A solidão do "ide" e a comunhão do "indo" no Japão

Fuji-San se impõe solitário acima de todas as montanhas no Japão. O Japão se distribui em poucas ilhas solitárias. Juntas e sozinhas, flutuando como uma lágrima presa no meio do Oceano Pacífico.

A sociedade japonesa há muito tempo tem uma reputação de famílias e empresas unidas e cultura de valorização do coletivo sobre o indivíduo. Este ano, no entanto, o número médio de pessoas em uma casa em Tóquio caiu abaixo de dois pela primeira vez.

O Instituto de Pesquisas Nacionais Japonês diz que, até 2020, viver sozinho será a norma no Japão. Akio Doteuchi, do instituto de estudos, diz: "As pessoas estão se tornando mais isoladas. Elas viviam em comunidades amistosas onde os vizinhos as ajudavam."

"Agora as pessoas querem proteger sua privacidade, então as pessoas nessas comunidades nunca conheceram seus vizinhos. Elas não sabem se moram sozinhas ou se é um casal ou uma família."

"Então, às vezes as pessoas morrem sozinhas sem que ninguém perceba."

O que a nossa missão tem a dizer sobre isso? Pensando na própria solidão, e como tantas vezes a dor lateja o peito e faz estremecer a alma, a família missionária encontra companhia e coletividade no corpo de Jesus.

Há muito tempo, minha avó Nana (como chamávamos a Dra. Carolyn Charles), que havia sido missionária no Brasil, me contou a história de uma missionária amiga dela que acabou fazendo as malas e foi para casa depois de anos servindo ao Senhor na Índia. Seu marido, um ministro ordenado em certa denominação, havia se convertido a uma seita hindu, enquanto serviam em Nova Délhi. Nana também chorava, às vezes, lembrando de quando seu marido, meu avô, se desviou do caminho do Senhor. Por vinte, quase trinta anos, trilhou seus próprios caminhos, retornando à Cristo somente no final de sua vida, dando maior e melhor testemunho em morte.

Quão terrível é ir, seguindo o “ide”, sem entender que o chamado do Senhor é, na verdade, para que “indo”, conheçamos a Cristo para então fazê-lo conhecido. É horrível, quando no ide, no meio da luta, alguém entregar-se  ao inimigo, traindo Deus e a família. 

Conheci a amiga da Vovó. Muitos anos depois, ela contou sobre aqueles momentos em que as coisas se acalmavam e ela teria tempo suficiente para respirar e se recuperar das demandas diárias e das terríveis experiências do ministério. Ela se encontrava sentada em um banco no parque da cidade onde morava, em Florence, no Alabama. À medida que o crepúsculo se desvanecia na noite, em um local isolado, onde pessoas passeavam com os cães, crianças e transeuntes não a veriam, as lágrimas baixavam silenciosamente, enquanto ela olhava para os céus estrelados. Nenhuma palavra era dita. Não há como verbalizar o vazio que rói por dentro. Perguntas que passavam através da sua mente, até que um pensamento, uma pergunta, um vazio e uma palavra final resumia tudo: Por quê? Naquele tempo, eu nunca pensei que iria experimentar questionamentos parecidos com os dela. Nessa semana, me peguei ingrato e perguntando a Deus da mesma forma. Por quê? Mas logo corri pra Escritura, e humildemente compreendi o porquê da solidão.

Tanto a amiga da Vovó como a própria Nana foram apenas uma dentre muitas que responderam ao chamado de Deus para as nações, para serem confrontadas com uma das indicações mais gritantes de nossa condição humana: a solidão.

A solidão não é um fenômeno exclusivo das pessoas no campo missionário, mas acredito que seja uma das razões pelas quais podemos encontrar estatísticas desanimadoras quanto ao desgaste de um missionário.

A solidão é ampliada no campo missionário, especialmente quando se trata de missões transculturais. Estamos em um país estrangeiro, longe dos familiares, longe de pequenos luxos e mimos aos quais estamos acostumados. Muito provavelmente, estamos cercados por pessoas que falam uma língua que não é a nossa. Não temos a mesma estrutura de suporte forte que teríamos em casa. As frustrações e o sentimento de abandono, que foram comuns aos apóstolos e ao nosso Senhor, agora são nossos também.

Quando chegamos ao Japão, Marcia, Davi, Ruth e eu fizemos muita coisa em família. Como parte do aprendizado cultural, fizemos alguns passeios - Visitamos Tóquio, fomos a Numazu, nosso favorito, o safári aos pés do Fuji (onde o leão se atreveu comigo), visitamos o Pavilhão Dourado em Kyoto, macaquices (brincamos com os macacos) e brincamos com os cervos em Nara. Fomos até ver o que alguns afirmam ser o de túmulo de Jesus em Shingoo, Aomori. 

Há coisas que ainda queremos fazer: talvez uma visita ao  “Hacksaw Ridge” em Okinawa, ficar de boca aberta na Doma da Bomba Atômica em Hiroshima e - o mais importante na minha lista, uma visita às dunas de areia de Tottori: as maiores dunas de areia no Japão e a atração turística mais famosa de lá, que ocupam cerca de 16 quilômetros de costa ao longo do Mar do Japão e têm até dois quilômetros de largura e 50 metros de altura. Eles fazem parte do Parque Nacional Sanin Kaigan. Lá tem camelos, e quando estou com eles, sinto-me menos só (sempre gostei dos camelos).

No início desses cinco anos de missão Japão, cada manhã eu caminhava pelo Parque Momoyama, ou pelo meu trajeto alternativo pelos braços do oceano, onde andava pelos arrozais, passando sempre pelos mesmos gatos gordos e casais idosos que passeavam todos os dias. Parava pelas mesmas lojas de conveniências (os famoso KOMBINIS japoneses) e barracas de comida todas as manhãs, onde eu comprava produtos caros e sushi com desconto. 

Caminhava até a mesma estação de metrô para o meu trajeto diário, passando por donas de casa em casacos de grife, homens em ternos pretos sob medida e estudantes com saias plissadas, como uniformes de marinheiros. Eu estava cercado de pessoas o dia todo, esmagado entre as axilas no metrô e espremido nas ruas dos lotados bares  de yakitori (espetinhos) - e, no entanto, sentia uma estranha solidão a cada dia. Nós rimos muitas vezes, enquanto tentávamos transliterar e pronunciar os nomes japoneses, o que em nossa língua faria alguma alusão neuro-fonética. Por exemplo, na estação de trem Tem-Macho (tem sim senhor), e outros que não são convenientes para colocar aqui...

Não é fácil. Alguns enfrentam o choque cultural. Outros enfrentam discriminação racial. Pudemos experimentar a solidão do ide, mas ao estreitar os agridoces laços familiares, encontramos a verdadeira comunhão do "indo" fazer discípulos de Jesus.

Como família, nós lutamos pessoalmente com a solidão muitas vezes desde que pisamos no campo missionário. Como um vazio profundo esculpido na alma. Cada um de nós sentiu o tipo de solidão que faz ficar desesperado e lutando para algo- qualquer coisa para preencher a lacuna. Um dia, fui expulso de um restaurante, que não servia estrangeiros. Em minha mente, eu sabia que Jesus era mais que suficiente para preencher esse vazio, mas o conhecimento por si só não satisfez. Cada um de nós tinha de se agarrar um ao outro. Nós corremos para séries, jogos ou pessoas. Corremos para coisas que nos distraíram o suficiente para esquecer que estávamos sós. E houve melhores momentos em que corremos para Deus, mesmo que apenas para ser como aquela mulher sentada em um banco do parque, cercada de pessoas, mas desesperadamente sozinha, olhando para os céus, perguntando: Por quê?

Alguém da nossa igreja do Brasil me perguntou se o Japão valia a pena visitar. Eu disse sim - é um belo país de montanhas e vulcões e ilhas, uma civilização distinta com milhares de anos de história e cultura. Tem trens-bala pontuais ao segundo com assentos aquecidos, espaços verdes públicos bem cuidados e uma cena de comida insaciável onde cada prato é uma obra de arte. Seu povo fala a língua mais bonita do mundo e são em sua maioria cidadãos bonitos e bem-educados, que nunca comem enquanto andam (considerado desleixo), nunca falam nos trens (muito indelicado) e nunca cortam fila (How rude, como diria o JarJar Binks). Os casas de banheiros até tocam música de passarinhos para abafar barulhos indelicados da privada ao lado.

Mas, tentando não soar como se eu estivesse apenas me divertindo, acrescentei, o Japão também me parece um país de grande escuridão espiritual e infelicidade. Isso não é só minha conjectura. Outros pastores e missionários me dizem que o Japão é um campo missionário difícil - menos da metade de um percentual da população é cristã evangélica, tornando o Japão uma das nações menos evangelizadas do mundo, apesar da presença de longa data e da liberdade dos missionários. Mas como disse noutro artigo, "Eu (ninguém aguenta) não aguento o Japão Pagão".

Deus pode satisfazer esse desejo profundo de conexão?
Sim. Nós sabemos que sim. Eu sei que sim.

Mas havia certas coisas sobre a solidão que eu precisava aprender antes que pudesse superar os efeitos negativos que ela tinha em mim. O que segue foi o que aprendi até agora:

A solidão não é pecado - Isso pode ser óbvio para alguns, mas não para mim. A razão é que minha solidão muitas vezes parecia se transformar em depressão, e depois em autopiedade, o que é, acredito, uma afronta a um Deus que me abençoou com tantas coisas. Que me deu tantas razões para ser grato.

A solidão pode nos levar a pecar. Podemos ser tentados a correr para pecar, a fim de tentar "curar" nossa solidão, mas por si só não é pecado. Pelo contrário, é um sintoma da nossa humanidade, um sintoma da nossa conexão quebrada com Deus. É uma indicação da nossa necessidade dele.

O Japão, com todas as suas vantagens econômicas e tecnológicas, ficou em 51º lugar no World Happiness Report deste ano (o Brasil ficou em 17º lugar, os EUA em 14º lugar, o Canadá em 9º lugar). Outra pesquisa recente relatou que os japoneses entre 15 e 21 anos entrevistados se mostraram os mais infelizes dos 35 países mais desenvolvidos, ao lado dos adolescentes sul-coreanos. O suicídio e o isolamento social continuam sendo questões sérias: o índice é o sexto mais alto do mundo. Cerca de 541.000 jovens japoneses são rotulados como hikikomori, um termo que descreve jovens que se isolam em seus quartos por meses ou anos um perturbador fenômeno psicológico e cultural.

Viemos aqui para descobrir que, no Japão, muitos são terrivelmente infelizes. O apartamento onde morávamos logo que chegamos tinha paredes finas, e muitas noites podíamos ouvir nossa vizinha chorando tanto que só parava pra respirar. No final do primeiro ano, sentimos a sensação de tristeza ao ver alguns dos sofrimentos das pessoas em nossa igreja. Para ver como alguns sucederam e saíram. Mentiras e legalismos são confundidos com um falso sentimento de espiritualidade. Fomos abandonados pelas pessoas que juraram amor e lealdade a Deus. Hoje, eles estão longe do evangelho.

A solidão é um chamado à intimidade - Dor, como CS Lewis disse, é o megafone de Deus ("Ele sussurra para nós em nossas alegrias, fala conosco em nossa consciência e grita para nós em nossa dor"). A dor da solidão é uma maneira pela qual ele quer chamar nossa atenção.

O campo missionário é um lugar que leva você a buscar diretamente da fonte, para poder encontrar alimentação espiritual através de seu relacionamento com Deus, em vez de seu relacionamento com os outros. Não podemos confundir essa afirmação com a afirmação de que você não será capaz de extrair a força de outros cristãos, mas, como mencionei acima, sem o sistema de apoio que pode ser acessível a você em casa, muitas vezes, essa solidão dolorosa é um sinal de que você precisa de mais tempo na presença do Senhor.

A solidão pode ser transformada em incenso - Com toda essa infelicidade, os japoneses se apegam a algo maior que eles mesmos. Praticamente todos os bairros têm seu próprio templo budista e santuário xintoísta. Embora mais da metade dos japoneses digam que não são religiosos, ainda encontram conforto em suas tradições e deuses: eles enxameiam os templos e santuários para rezar até pra pedras e bichos de babador por boa sorte a cada dia de ano novo, para esfregar a fumaça do incenso em suas cabeças (para a cura), para comprar amuletos e talismãs que prometem boa saúde, resultados de exames favoráveis ou famílias felizes. 

Alguns templos precisam arrecadar dinheiro, com todos os visitantes pagando taxas de admissão e jogando moedas em caixas para que os deuses ouçam suas orações. 

Um dos lugares que eu me recuso a visitar: Santuário de Tagata em Komaki - Um festival estranho envolvendo a dedicação de um símbolo gigante da masculinidade. O festival é realizado todo dia 15 de março, e nele um falo, recém-esculpido a cada ano do cipreste japonês e com mais de 60 cm de diâmetro e 2 m de comprimento, é transportado em um santuário portátil por homens, num desfile da "idade infeliz" ao dito santuário, com preces por uma boa colheita, o florescimento de todas as coisas naturais e descendentes prósperos. A visão de tudo isso fez com que o processo se tornasse amplamente conhecido como um dos festivais mais estranhos do mundo. Os terrenos do templo ficam cheios de visitantes do Japão e do exterior. Komaki é uma cidade industrial pequena e silenciosa ao norte de Nagoya, que abriga pessoas que trabalham duro com o sal da terra. Não muito acontece em Komaki, e é por isso que o Honen Festival anual, realizado para celebrar a fertilidade e renovação, e apresentando um símbolo masculino absolutamente enorme, é tão chocante (novamente How rude pros ocidentais)!

A solidão é algo que você coloca aos pés de Jesus. Eu achei que fosse "material para sacrifício", como Jim Elliot disse uma vez. Às vezes me pergunto se é o espinho em minha carne, algo que eu teria que viver com toda a minha vida, e apenas proclamar a suficiência de Deus para mim. Se isso é verdade ou não, se a solidão me leva a seus pés, se me sintoniza com seu coração e me permite ver as coisas de sua perspectiva, então abraçarei essa solidão, simplesmente porque permite que ele faça das cinzas a beleza do sacrifício. Eu encontrei consolo nos braços da minha amada esposa, e espero que meus filhos também encontrem algum alívio para esse fardo.

Nunca consigo ser tão solitário quanto Jesus na cruz - Apesar dos sinais externos das estruturas religiosas, os códigos morais parecem frouxos aqui: uma vez, descuidadamente, peguei uma revista de aparência inocente de uma banca na lojinha de conveniência - e rapidamente fechei-a depois de ver o mosaico da nudez frontal total. Então vi um homem de meia-idade lendo esse tipo de revista no metrô, sentado ao lado de uma mãe embalando um bebê. Uma vez, procurando uma churrascaria brasileira em Nagoya, nossa família acidentalmente adentrou a área do distrito da luz vermelha e vimos mulheres vestidas de bonecas, crianças e Domésticas-Francesas, com placas anunciando o preço de 5,000 ienes por serviços prestados. Mulheres jovens e belas envolvidas nos braços de homens muito mais velhos e muito menos atraentes, e homens da máfia de ombros largos, de braços cruzados, parados diante de estabelecimentos questionáveis. Tanta gente tão junta, e ao mesmo tempo tão só.

Eu não acho que algum dia serei capaz de entender completamente como foi a crucificação do Senhor, e como foi o corte de sua conexão com o Pai. Naquele momento, Jesus carregou toda a dor, toda a vergonha, todo o pecado do mundo, e perdeu a única conexão que precisava para carregar aquele imenso peso. O Pai abandonou-o. Se isso não é solidão, não sei o que é.

Enquanto isso, você e eu recebemos a promessa de que nunca seríamos deixados nem abandonados. Nunca. Ele nos observa, nos segura, nos abraça. Está tecendo um padrão eterno, intrincado e belo, do qual você e eu somos fios importantes, entrelaçados com outras almas, formando o tecido da história da Terra.

Quando contei a essa amiga da igreja tudo isso, ela empalideceu e disse: "Ah, não importa, eu nunca irei visitar o Japão". Mas isso era o oposto do que eu estava tentando dizer. Vale a pena visitar o Japão porque mostra um fenômeno semelhante ao que muitos cristãos não enxergam em seu próprio país: o paradoxo de uma grande nação sufocando em sua própria grandeza. Tudo é tão imaculado, tão bonito, tão conveniente - mas por baixo do invólucro é uma cavidade que ecoa. Eu tenho escutado esse eco por cinco anos, mas meus olhos são constantemente estimulados por belos jardins, lindas caixas de bentô (marmitas), rostos bonitos - o que apenas aumentava a sensação de superficialidade e solidão.

Todo ano, quando vou à Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana do Japão, tenho companheirismo e comunhão que supera todas as barreiras linguísticas e culturais. O culto de abertura é inteiramente em japonês, uma língua que eu ainda batalho para entender (sempre levo um intérprete para o sermão). No entanto, enquanto eu estou entre as 120 pessoas, pastores e presbíteros de todas as idades, ouvindo-os adorar e orar e abençoar uns aos outros em japonês, sinto minha solidão diminuir. Eu ainda sou um gaijin (estrangeiro) entre estranhos, mas também conheço o Shu (Senhor) a quem eles chamam de pai. Eu também oro em nome de Iesu Kirisuto (Jesus Cristo) e sinto o Seirei (Espírito Santo) se mover naquela assembleia.

Quando estou junto dos colegas da missão Americana da Orthodox Presbyterian Church, e sinto o carinho e o companheirismo do Woody, do Murray e do Kaz. A forma calorosa e bela que suas esposas, Lowry, Tsuruko e Katy nos adotaram como membros da família estendida no Japão. Sinto a mão do Senhor nos acariciar e abençoar cada um de nós.

Então, quando olho para todos e cada um na minha igreja, quando sinto o que as ovelhas que me foram confiadas estão sentindo, fico cheio de outro sentimento. Quando estamos juntos como igreja para o culto dominical, quando nos reunimos para comer ou o que mais fazemos juntos - experimentamos mais do que apenas uma estratégia para alcançar a comunidade local. Na igreja, nossa  família se torna acompanhada pelo amor de Deus. Estamos cheios de alegria e felicidade. E toda vez que estou junto com o povo de Deus, Buragirumjin (brasileiros), Nihonjin (japoneses) ou dekassegui (mestiço), eu sinto minha alma relaxar: eu estou em casa. Eu estou entre a família.

E tem também o povo lá de casa! As igrejas que nos enviam, as igrejas que se fazem em Cristo, parceiras nesse trabalho. Não falo de envio financeiro (se bem que é muito necessário, lembrado por poucos), falo de comprometimento de alma. Um telefonema, um e-mail, um afago. Uma oração, uma canção, um desenho das crianças, uma curtida na rede social, uma palavra amiga, solidária, companheira.

As listas de pastores e igrejas que nos incluem em oração e coração: Whatsapps, Facebooks e Instagrams que nos une na distância. Fotos e momentos compartilhados nos traz à memória que temos uma grande família que nos ama.

Temos a promessa e a certeza de que Deus torna todas as coisas belas em seu tempo e que a solidão nem sempre será o padrão; que todo inverno tem sua primavera e toda noite tem seu amanhecer.

“Deus faz um lar para os solitários…” - Salmo 68.6

A solidão é desenfreada no "ide" de um mero campo missionário, e enquanto a conexão humana de um "indo" fornece bálsamo de Gileade, um verdadeiro unguento samaritano para a dor de quem foi assaltado no caminho, a solidão é, na verdade, apenas uma indicação que aponta para Deus, o quanto precisamos dele e o quanto ele é suficiente. Eu não sei onde você está agora, e como é a sua batalha contra a solidão, mas saiba que ele é mais que suficiente. Sempre.


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