O peso da Culpa
Aos oito anos de idade, tive uma das minhas primeiras experiências duras de uma consciência culpada. Meu pai tinha na nossa garagem um certo estoque de móveis destinados à venda. Encaixotados e empilhados, muito bem organizados, eram perfeitos para diversas brincadeiras. Haviam ordens rígidas quanto ao que eu nunca poderia fazer, e essas, eu cumpria à risca. Não podia escrever nas caixas... Não podia abrir nenhuma delas. Não podia pular em cima e nem move-las de lugar, e outras que qualquer moleque de oito anos sabe muito bem seguir... Mas, no Natal, eu tinha ganhado um caminhãozinho de bombeiros! Ele tinha até uma mangueira acoplada a uma bomba, a qual jogava água de verdade quase um metro de distância. E foi meu brinquedo favorito, até que, num pequeno desastre, perdi o caminhãozinho de bombeiros num fogo de verdade.
Ninguém tinha falado nada sobre fogo...
Durante alguns dias, ateava fogo a pequenas porções das caixas de móveis lá no fundo da garagem, pra que ninguém visse. Provocava meus pequenos incêndios, e os apagava como pequeno herói que era. Isso durou quase duas semanas, até que um dia tentei maiores chamas, maiores aventuras, e o fogo ficou tão grande, que, perdendo o controle, deixei-o queimando e fui me esconder debaixo do lençol...
Enquanto papai apagava o pequeno incêndio, que já havia consumido a maior parte dos móveis e danificado totalmente o resto, meu irmão me encontrou escondido, não debaixo da cama, pois seria um lugar óbvio, mas sob o lençol, onde pensei ser invisível. A primeira pergunta dele foi: Você pôs fogo nos móveis da garagem? (A história se desdobrou em outras coisas, mas hoje só quero falar sobre essa mentira).
"Não!" Eu respondi rapidamente.
Ah, a culpa! Agora era pior do que nunca. Não só eu tinha incendiado a garagem, mas também tinha mentido! E pra essa mentira, tive de inventar em poucos minutos, diversas outras mentiras que rapidamente se desmentiam e revelavam um padrão de medo de punição e de exposição que, ao longo da minha vida, foram sendo solidificados, volta e meia me fazendo mentir e me esconder mais. Recebi o meu castigo por ter ateado fogo na garagem, mas o sentimento de culpa pela mentira perdurou ainda mais alguns dias. Para fugir das consequências de uma coisa, tentei desculpar-me inventando outras razões para o fogo. Tentei jogar a culpa na minha mãe que deixou os fósforos ao meu alcance, ou no meu avô que me dera o caminhãozinho. Estoicamente, enfrentei a minha pena como se fosse um acidente de percurso, mas julgava em meu coração, que tinha conseguido escapar dos agravantes da mentira. O sentimento de culpa se desenvolveu em algo muito mais terrível, que só teve fim, quando adulto, confessei aquilo que eu era: um mentiroso, que temia a vergonha de não haver conseguido controlar as consequências daquilo que tinha feito.
Essa fúria não é a única que eu lembro da minha infância, porém, a sua severidade teve muito mais a ver com minhas mentiras do que com o incêndio provocado. Mas, uma vez que acabou, minha culpa também se foi.
Um padrão humano de culpa
A culpa é aquele sentimento horrível que nos atinge como soco na boca do estômago quando sabemos que fizemos algo errado, e faremos quase qualquer coisa para nos livrar dele. Adão e Eva, nossos primeiros pais, estabeleceram um padrão humano que continua até hoje. Primeiro vem o encobrimento. Então, nós jogamos o jogo da culpa quando tentamos justificar ou racionalizar nossas ações. Pensamos que quanto mais pudermos culpar outra pessoa, menos culpados nos sentiremos.
Às vezes, tentamos evitar a culpa através de atividades, álcool ou drogas. Ou corremos para psiquiatras - mas a psiquiatria secular tentou resolver o problema da culpa dizendo que não existe pecado. Estas não foram as minhas escolhas redentoras, mas vejo centenas de pessoas ao longo do meu ministério que tentam sanar suas dores se rendendo à toxicidade. Basta ignorar esse sentimento de culpa, nos dizem, porque eles não tem base na realidade. Nós tentamos, mas de alguma forma simplesmente não conseguimos retirá-lo. Por que não?
Não podemos escapar desses sentimentos ignorando-os porque Deus construiu em nossa natureza um conhecimento do certo e do errado - um código moral. A Palavra de Deus fala da consciência moral, que existe mesmo dentro daqueles que não estão conscientes de suas leis.
Um exemplo disso é descrito em Romanos 2.14-15: "Quando os gentios, que não têm a lei, fazem por natureza as coisas exigidas pela lei, são uma lei para si mesmas, mesmo que não tenham a lei, uma vez que mostram que os requisitos da lei estão escritos em seus corações, suas consciências também testemunham, e seus pensamentos agora acusando, agora mesmo defendendo-os ".
ESTAMOS CONSCIENTES DO PECADO
Nunca houve uma civilização na Terra que não tivesse leis - regras sobre o certo e o errado. Embora a humanidade nem sempre tenha adorado o Deus vivo, os códigos morais de toda civilização provam que existe uma autoridade objetiva que estabeleceu um padrão. A consciência humana é evidência da existência de Deus e de seus padrões de comportamento.
Deus é aquele que ofendemos quando pecamos, e somente ele pode fornecer um remédio para o nosso pecado e culpa. No terceiro capítulo do Gênesis, ele exigiu que os animais fossem sacrificados por seres humanos para perdão de seus pecados. E o Novo Testamento nos lembra novamente: "Sem o derramamento de sangue, não há perdão" (Hb 9.22).
Mas o sangue desses milhares de animais não poderia remover o pecado. Só cobriu isso, até que se fizesse um sacrifício perfeito, que satisfizesse completamente a santidade e a justiça de Deus. Quando João Batista apontou para Jesus, ele disse em uma frase o propósito de sua vinda à terra: "Olhe para o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1.29).
O único remédio de Deus para o pecado e a culpa é Jesus
Jesus veio à terra para morrer. Ele era o nosso suplente - Ele tomou nosso castigo para que pudéssemos ser perdoados. Mas o que nem sempre entendemos é que Deus também quer que sejamos livres da culpa. Aprendemos isso da Palavra de Deus.
O PERDÃO DE DEUS INCLUI UMA CONSCIÊNCIA LÍMPIDA
Por meio de Cristo, Deus apagou nosso registro de culpa. Ele quer que o conheçamos e vivamos nessa liberdade: "Quanto mais, então, o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu sem defeito a Deus, limpa nossas consciências dos atos que levam à morte, para que possamos servir o Deus vivo". (Hebreus 9.14).
Quando os crentes nos tempos bíblicos colocavam sua fé em Cristo, agiam como pessoas perdoadas e limpas. Zaqueu, descrito em Lucas 19, é um exemplo clássico. Todos sabiam que Zaqueu era um pecador - ele trabalhava para os opressores de Israel, o governo romano. Na verdade, Zaqueu era chefe do equivalente ao Serviço de Receita Federal Romana. Ele cobrava os impostos que César exigia, e ele era livre para adicionar o que ele queria para si mesmo.
Quando Jesus se convidou para a casa de Zaqueu, demonstrou publicamente que aceitava pecadores tão terríveis como Zaqueu. Zaqueu respondeu colocando sua fé em Cristo como seu Messias. Mas observe como ele provou disso: "Zaqueu levantou-se e disse ao Senhor: Olha, Senhor! Aqui e agora eu dou metade das minhas posses aos pobres, e se eu trair alguém de qualquer coisa, eu pagarei quatro vezes a quantidade "(Lucas 19.8).
Zaqueu se arrependeu e mudou seu modo de vida. Ele prometeu fazer uma restituição generosa aos que havia trapaceado. A mudança foi dramática. É por isso que Jesus poderia dizer em resposta: "Hoje, a salvação chegou a esta casa". A nova conduta de Zaqueu foi prova de sua nova fé.
ATRAVÉS DE CRISTO, O PECADO É PERDOADO PARA SEMPRE
A morte e ressurreição de Jesus Cristo é o eterno remédio de Deus para o pecado humano. Quando confiamos nele, ele não só perdoa nossos pecados, mas também limpa nossa consciência de culpa. O que acontece com nossos pecados? Uma vez que Deus os perdoou, eles são:
São postos fora da vista: "Você colocou todos os meus pecados nas suas costas" (Isaías 38.17).
Fora do pensamento: "Porque eu perdoarei a sua iniquidade e não me lembrarei mais dos seus pecados" (Jeremias 31.34).
Fora do alcance: "Pisarás nossos pecados sob os pés e lançarás todas as nossas iniquidades até as profundezas do mar" (Miquéias 7.19).
Fora da existência: "Eu, mesmo eu, sou quem apagará as suas transgressões, por minha causa, e nunca mais me lembro dos seus pecados" (Isaías 43.25).
Nossos pecados desapareceram da existência como se nunca tivessem acontecido em primeiro lugar. Podemos começar nossa nova vida com uma lousa limpa. E Deus nos dá o seu Espírito Santo para nos capacitar com novas forças.
Você está tentando fazer isso por conta própria? Talvez você tenha feito coisas que o deixe culpado, e você pensa que se sentir o suficiente e, se fizer coisas boas, você pode compensar o mal. De jeito nenhum!
A GRAÇA MEDIANTE A FÉ EM CRISTO
A Escritura nos diz que somos lavados e temos nova vida através da fé em Jesus Cristo: "Mas quando a bondade e o amor de Deus, nosso Salvador, apareceu, ele nos salvou, não por causa das coisas justas que fizemos, mas por causa de Sua misericórdia. nos salvou pela lavagem do renascimento e da renovação pelo Espírito Santo, a quem Ele derramou generosamente por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador" (Tito 3. 4-6).
Que palavras maravilhosas - bondade, amor e piedade! Você confiou em nosso Deus amável e amoroso e misericordioso para salvá-lo? Se não, fale com ele no seu coração e diga-lhe que você está tentando ganhar sua salvação. Essa salvação é impossível de se atingir por si só. Confie no Senhor Jesus Cristo para perdão, vida eterna e consciência limpa. Não há outro caminho.
O PECADO DANIFICA A NOSSA COMUNICAÇÃO COM DEUS
Então, agora entendemos o que acontece com o nosso pecado quando confessamos a Deus - ele desaparece! Mas a maioria de nós tem que fazer outra pergunta: o que acontece quando pecamos depois de ter confiado em Cristo? Um crente, um filho de Deus, pode perder sua salvação? Precisamos ser salvos novamente? Se todos os nossos pecados - passado, presente e futuro - são perdoados por causa da morte de Cristo, por que temos que fazer alguma coisa?
A resposta é esta: quando um crente peca, algo acontece que deve ser tratado. Nosso relacionamento com Deus não pode ser quebrado, porque nós somos seus filhos de nascimento, mas nossa comunhão com ele está danificada. Você percebeu que, quando se sente culpado porque fez algo que sabe ser errado, evita orar ou ler sua Bíblia? Você não sente vontade de vir à igreja, e você nem sequer gosta de estar com seus amigos cristãos tanto quanto de costume. Esses sentimentos são evidências de que sua união com Deus está quebrada. "O solitário busca seu próprio interesse e rebela-se contra a verdadeira sabedoria". Provérbios 18.10
Porque nos ama, Deus quer que nossa comunhão com ele seja restaurada. E providenciou um caminho para que continuemos sendo purificados da culpa pelos pecados que cometemos depois da nossa salvação. O apóstolo João nos diz como é feito: "Se afirmarmos estar sem pecado, nos enganamos e a verdade não está em nós. Se confessamos nossos pecados, ele é fiel e justo e perdoará nossos pecados e nos purificará de toda injustiça" (1João 1.8-9).
O problema é que, muitas vezes, não seguimos as instruções de Deus para nossa cura. Às vezes esperamos muito tempo antes de concordar com Deus que pecamos. Todo esse tempo, a culpa come corrosivamente em nossa consciência. A história de Davi, no Antigo Testamento, é um excelente exemplo desse processo.
A história de Davi e Beteseba
Deus falou de Davi como um homem segundo o próprio coração de Deus; Ele escolheu Davi para ser rei sobre Israel. Desde a adolescência, Davi foi dedicado a Deus de uma maneira extraordinária. Ele seguiu os caminhos de Deus. Ouviu um conselho piedoso. E quando era um fugitivo do rei Saul por pelo menos dez anos, constantemente encontrou refúgio em Deus, que o resgatou uma e outra vez. Davi era um homem profundamente espiritual, com uma capacidade emocional bem desenvolvida. Ele também era um homem com paixões humanas normais.
Ele tinha cerca de cinquenta anos quando cometeu os pecados que o afetaram pelo resto de sua vida. Hoje, isso é chamado de "passar pela crise da meia-idade". Davi viu a esposa de outro homem e a desejou. Não importava que seu marido fosse um dos seus soldados confiáveis que estavam no campo de batalha lutando por ele. Davi foi a Beteseba e dormiu com ela. Então, quando ela deixou Davi saber que estava grávida, ele ordenou que seu marido Urias voltasse para casa para que ele pudesse dormir com ela e assim fazer parecer que a criança era dele. Isso não funcionou, então Davi instruiu seu comandante geral a colocar Urias na frente das linhas de batalha para que ele fosse morto.
Urias morreu na batalha, e depois que Beteseba terminou seu período de luto, Davi se casou com ela. O encobrimento estava acertado. Mas depois lemos essas palavras ameaçadoras no final de 2Samuel 11: "Mas o que Davi tinha feito desagradou ao Senhor".
Deus sabia tudo sobre o comportamento de Davi, e não permitiria que o seu amado servo se afastasse com um abuso de poder tão flagrante e sem coração. Durante o desdobramento da história, cerca de um ano se passou do início ao fim - um ano durante o qual Davi parecia estar sem consciência. Lembre-se, Davi era um crente, um homem segundo o coração de Deus, um homem a quem Deus havia prometido uma dinastia duradoura. Aquela seria a linha real da qual o Messias viria. Não se sentiu culpado pelos pecados tão perversos como o adultério e o assassinato? Sim, mas ele sofreu dor da consciência. Ele não escutaria a voz do Espírito Santo. Mas ele pagou o preço por suas ações. Veja como ele descreveu sua experiência: "Quando eu fiquei em silêncio, meus ossos desperdiçaram pelo meu gemido durante todo o dia. Por dia e noite sua mão estava pesada sobre mim, minha força foi destruída como no calor do verão" (Salmo 32.3-4).
Então Deus enviou o profeta Natan para despertar a consciência de Davi com uma história que atraiu suas emoções. Natan contou a ele sobre um pobre homem que tinha apenas um pequeno cordeiro de estimação, o qual amava como criança. Um homem rico, que tinha muitos rebanhos dele roubou este pequeno cordeiro e o transformou em shish-kebabs para um hóspede de jantar. Veja como Davi reagiu à história de Nathan:
"Davi queimou com raiva contra o homem e disse a Natan: "Assim como o Senhor vive, o homem que fez isso merece morrer! Ele deve pagar esse cordeiro quatro vezes, porque ele fez tal coisa"(2Sm 12.5-6).
Nathan olhou para o rosto de seu rei irritado que acabara de julgar ele e disse a Davi: "Você é o homem!"
Como Davi responderia à acusação e à punição? Ele nos diz sua resposta no Salmo 32.5: "Então eu reconheci o meu pecado para você e não encobriu minha iniquidade. Eu disse: "Confessarei as minhas transgressões ao Senhor, pois perdoastes a culpa do meu pecado".
A CONFISSÃO É REQUERIDA PARA QUE A CULPA SEJA REMOVIDA
Davi não fez desculpas; ele não culpou ninguém. Ele disse: "Eu pequei contra o Senhor".
Você pode estar perguntando: E quanto ao seu pecado contra Beteseba e contra Urias? Não, Davi viu seu pecado pelo que é todo pecado - uma ofensa contra o Senhor. E ele sabia que o castigo era justo, porque ele conhecia a verdade desse princípio espiritual:
O perdão não cancela as consequências naturais de nossos pecados.
Nathan disse a Davi: "O SENHOR tirou o seu pecado. Você não vai morrer. Mas, ao fazer isso, você deixou que os seus inimigos blasfemassem, o filho nascido para você morrerá" (2Sm 12.13).
A morte da criança foi apenas o começo. David viveu para ver seu filho Amon estuprar sua meia-irmã, Tamar. Então o filho de Davi, Absalão, matou Amon e mais tarde tentou apoderar-se do trono de Davi, e ele também foi morto. Na verdade, a partir desse momento, a vida de Davi se deteriorou até o dia em que morreu. Seu único ato de paixão desenfreada marcou permanentemente sua família e seu reino. Mas a sua comunhão com Deus foi restaurada. Depois que Natan chegou até ele, Davi escreveu o Salmo 51, que descreve com eloquência o seu pecado, arrependimento e o perdão.
"Eu não posso me perdoar!" A história de Jaqueson e Arnalda (os nomes foram mudados e o casal me deu permissão pra contar a sua história).
Quando o marido de Arnalda, Jaqueson, fez uma grande mudança em sua profissão, colocou seu casamento sob grande pressão. Chegava em casa tarde, saia cedo e mal falva com Arnalda quando estavam juntos. O nível de estresse de Jaqueson era astronômico. Ele estava tão envolvido em seus problemas que, pela primeira vez em seu casamento, Arnalda queria fazer amor quando Jaqueson não o fazia. Ela se sentiu rejeitada e pouco atraente.
Durante este tempo, um amigo casado chamado Bob começou a chamar Arnalda "apenas para conversar". Ela recebeu bem às chamadas de Bob. Ela estava sentindo-se solitária e abandonada, e chegou à conclusão de que Jaqueson simplesmente não a amava mais. Foi um grande alívio saber que ela ainda era atraente para alguém, e Bob era muito aberto a respeito de sua admiração por ela.
As chamadas tornaram-se almoços, e os almoços duraram até a tarde. Em pouco tempo, Bob e Arnalda estavam se relacionando sexualmente pelo menos uma vez por semana. Não levou mais de um mês para a consciência de Arnalda convencê-la de seu adultério. Mesmo que, de certa forma, sentisse o direito à sua pequena aventura, sua fé cristã era muito forte para permitir que ela continuasse com Bob por mais tempo. Ela interrompeu o caso e confessou isso ao marido.
Jaqueson perdoou Arnalda e implorou-lhe que o perdoasse por sua negligência e egoísmo. Eles lutaram na tentativa de curar seu casamento. Mas Arnalda não conseguiu superar a culpa que sentia. Quando entrou no meu escritório, ela continuava repetindo: "Eu nunca sonhei que eu faria alguma coisa assim! Eu simplesmente não posso me perdoar. Eu machuquei tanto meu marido, eu não sei como ele pode me perdoar. Eu choro o tempo todo. Estou muito deprimida. Leio a Bíblia e oro por horas, mas não consigo superar isso".
Conversamos por muito tempo. Lembrei-lhe da promessa expressada em 1João 1.9. Claro que ela confessou seu pecado uma e outra vez. Mas então eu li Hebreus 9.14 para ela: "Quanto mais, então, o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu sem defeito a Deus, limpa nossas consciências de atos que levam à morte, para que possamos servir o Deus vivo!"
Se Deus perdoou Arnalda, e ela não podia se perdoar, sugeri-lhe que ela estava se vendo como melhor juíza do que Deus. É o orgulho que nos diz que "nunca cometemos tal pecado". Nós nascemos cada um com uma natureza pecaminosa, e cada um de nós tem a capacidade de cometer qualquer pecado.
Eu instrui a Arnalda que voltasse para 1João 1. 9 uma última vez e concordasse com Deus que suas ações eram pecado. Então eu pedi a ela para dizer a Deus que aceitou o perdão dele e a limpeza dele de sua culpa. "Arnalda", expliquei, "temos de agir com nossas vontades para aplicar o que a Palavra de Deus diz. Então, ele acabará por cuidar de nossas emoções".
Arnalda disse que faria o que eu havia sugerido. Ela agradeceu-me, e não ouvi falar dela por cerca de um mês. Então ela veio me ver de novo.
Ela sorriu: "Eu só quero que você saiba que eu estou muito melhor. Oh, eu tenho meus momentos, mas estou curando. Você sabe, eu escuto rádio cristã por horas todos os dias e eles falam sobre perdão, mas nunca ouvi ninguém falar de Hebreus 9.14. Esse versículo mudou minha vida! "
Eu vi histórias como a de Arnalda acontecer muitas vezes. Algumas mulheres carregam uma carga de culpa por um pecado cometido há anos. Confessaram repetidas vezes, mas eles simplesmente não pensam que merecem ser perdoados e ter uma consciência limpa. O elo perdido é o ato da vontade de aceitar o que Deus oferece: aceitamos o perdão de Deus com um ato da vontade.
Precisamos de uma consciência limpa para servir a Deus
Hebreus 9.14 fornece uma visão interessante sobre o resultado da nossa limpeza e perdão. Deus faz isso, o escritor de Hebreus explica, "para que possamos servir ao Deus vivo".
A culpa nos impede de servir a Deus. No entanto, Deus pode até usar os pecados que cometemos e tornar-nos mais eficazes em nosso trabalho para ele. Quando recusamos a provisão de Deus para o perdão, para a limpeza e para um novo começo, somos incapacitados pelos nossos pecados passados. É por isso que é importante nos lembrarmos:
Satanás quer que sejamos imobilizados pela culpa.
Temos um inimigo cujo objetivo principal é impedir que busquemos ao Senhor. Na Escritura, ele é chamado de "acusador" dos crentes. Se você continuar a se sentir culpado por pecados perdoados, você estará ouvindo a voz do inimigo, não o Espírito Santo. Satanás é um mentiroso. Rejeite os dardos ardentes que ele dispara em sua mente segurando o escudo da fé no trabalho acabado de seu Salvador, e o diabo vai fugir de você. Meu pai sempre diz que há duas pessoas que o lembram dos seus pecados. O Diabo e Jesus. Qual lembrança você vai acatar?
Se a culpa é o obstáculo que o impediu de crescer em sua vida espiritual, você não vai conseguir reduzir o seu fardo na cruz? Aceite o perdão de Deus. Deixe-o limpar sua consciência. E comprometa-se a viver em obediência à Palavra de Deus e à orientação do Espírito Santo que vive dentro de você. Seu peso da culpa será levantado de uma vez por todas.
A graça preciosa de Deus, que cobre todos os nossos pecados, e um presente que temos que abrir, apreciar e crer! Muito obrigada, my Sobrinho, por ter compartilhado comigo, o que tenho lido várias vezes na minha própria vida, a verdade de: Hebreus 9:14! Que revelação está aí em suas palavras, que preenchem os buracos humanos em minha própria vida! A Graça~~Este Presente de Deus, nos oferecido pelo Nascimento, a Vida, Sua morte Innocente naquela cruz, e a Ressurreição Eterna que recebemos por Fé em Jesus Cristo e mesmo, nosso presente, nao somente no dia de Natal, mas todo dia da vida como ser humano! Mas o que precisamos mesmo, e ver nossos corações profundamente, como o Pai Deus nos vê quando Deus nos adota como filhos(as): perdoados por final, e eternamente limpos pelo sangue derramado por Cristo Jesus por nossos pecados. O nosso perdão fica completo, sob o sacrifício do nosso Salvador, quando nos perdoamos a si mesmos como a Biblia dirige, para que podermos nos oferecer a Ele, primeiro, e ao Seu servico, em imitação completa do exemplo e da Dádiva e Graça Perfeita de Deus! Obrigada Pai! Obrigada, meu Sobrinho e Pastor...
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