O Crente e a Síndrome de Estocolmo


Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. 
1João 2.15-17

Durante os doze anos que atuei como Delegado/Capelão, dividia minhas atividades ministeriais com a divisão Anti-sequestro da nossa delegacia da macro metropole. Também participei na docência, na academia de policia, na área de negociação de reféns. Nunca escrevi a respeito do tempo em que ministrei lá. Foi um tempo difícil e muitos dos assuntos não podem ser revelados. Contudo, recentemente, um pastor amigo meu me disse que faria bem falar um pouco das minhas experiências de pastor/policial. Quero abordar um assunto que diz respeito a muitos crentes, que, sem saber, sofrem de um mal que nos faz rendidos e prostrados, reféns de um mundo que nos odeia. 

A síndrome de Estocolmo foi observada por forças policiais pela primeira vez em 1973, em uma tentativa de assalto a um banco em Estocolmo, na Suécia. Um homem tentou roubar um banco, e a polícia o flagrou. Ele fez três moças e um homem reféns, e os manteve por 131 horas. Durante esse tempo, os aterrorizou, disparando sua arma automática contra eles e ameaçando matá-los. Colocou uma forca em seus pescoços e ameaçou pendurá-los, mas quando tudo acabou, não machucou nenhum deles. Quando finalmente se rendeu, algo incomum aconteceu. Normalmente, esperamos que os reféns sejam antagônicos em relação ao perpetrador. Em vez disso, eles disseram que temiam mais a polícia do que o captor. Também disseram que não odiavam seu captor, se recusando mesmo a testemunhar contra ele. Uma das moças ficou noiva de seu algoz.

O FBI analisou milhares de situações de reféns desde então. Isso é muito frequente. “Então", perguntamos aos psicólogos: "O que aconteceu? O que causa isso?" 

Eles disseram que em situações de reféns, com um alto nível de estresse, com risco de vida e interação humana positiva, os mecanismos ego-defensivos das pessoas entram em jogo. Eles negam o que está acontecendo e regridem para um estado emocional diferente. O refém começará a transferir seu ódio – “Essa pessoa realmente não quer me machucar” - e começa a odiar aqueles que querem liberta-los. Algo mais começa a acontecer, uma relação de amor se forma. Essa relação de amor é assim entre uma criança e sua mãe. A mãe protege a criança do mundo aterrorizante e fornece todas as suas necessidades. Esta relação de amor ocorre em ambos os sentidos.

Um dos exemplos mais destacados ocorreu na Holanda nos anos setenta. Um grupo de terroristas capturou um trem lotado de pessoas e exigiram resgate do governo holandês. O governo não aceitou, então eles começaram a assassinar as pessoas. Assassinaram dois no primeiro dia, e no segundo dia, escolheram um homem chamado Garrard Votters. Eles o expulsaram e disseram: "Diga suas orações. Você vai morrer". Ele disse: "Ok, mas antes de morrer, há um homem aqui que conhece minha família. Eu gostaria de lhe dar uma mensagem". Os bandidos o ouviram. Ele disse: "Sinto que minha vida foi um fracasso". Ele queria dizer à sua esposa que estava arrependido. E seguiu falando de seus problemas. Ele se tornou um verdadeiro ser humano em vez de apenas um símbolo a ser executado. Os bandidos não conseguiram executá-lo. Essa historia é ensinada nas táticas de negociações de reféns, e eu vi isso acontecer muitas vezes.

Feliciana (nome fictício de pessoa real) iniciou a faculdade no começo do ano. Ela era ativa em sua igreja. Veio de um lar cristão forte. Assim que chegou tornou-se muito popular porque era atraente e talentosa. Depois que se enturmou na escola iniciou diversos relacionamentos. As atividades extracurriculares, esportes e festas chamaram sua atenção, e ao chegar no meio do ano foi completamente varrida pelo ambiente universitário.

Seu pai e seu pastor recomendaram uma igreja perto da universidade. Ela foi no primeiro domingo, mas nunca mais voltou. Achou que a vida era um grande giro. As férias de Natal vieram e Feliciana voltou para casa. Ela mudara. Era indiferente a seus pais. Passou horas ao telefone com seus amigos universitários em diferentes partes do país. Fez uma aparição relutante na igreja no domingo de Natal, mas bocejou, entediada por seus velhos amigos e cativa aos seus novos e mais sofisticados colegas. Quando o primeiro ano da faculdade terminou, Feliciana era uma pessoa diferente. Tinha sido tomada como refém pelo mundo.

Ernesto, um empresário cristão, fez bem na empresa onde trabalhou e, finalmente, decidiu se manter sozinho. A situação era oportuna, e seu negócio começou a decolar. Ele começou a ganhar dinheiro e a se envolver nele. Se atirou com maior vigor - 12 e 14 horas por dia. Teve de deixar as aulas de Escola Dominical que estava ensinando porque não tinha tempo de se preparar. Ele queria ser consistente, disse ele. Então descobriu que só poderia chegar ao culto no domingo de manhã, e depois de vários meses não era mais fiel nisso. Seu negócio fez muitas demandas, e muitas vezes ele teve de jogar bola com amigos no domingo ou viajar.

Logo as coisas começaram a mudar em casa. Sua atitude em relação à sua esposa e filhos tornou-se indiferente, e teve menos tempo para gastar com eles. Sua esposa o contestava, e ele ficou bravo e amargo. Quando ela falou sobre ir à igreja, ele a criticou e então não foi nunca mais. Quando sua esposa novamente protestou suavemente, ele disse: "Ah, eles são um monte de hipócritas. Eles não sabem o que está acontecendo no mundo. Eu não tenho nada que possa aprender lá". Ernesto foi tomado como refém do mundo.

Há uma história sobre um homem assim na Bíblia. Quando Paulo estava em Roma e na prisão pela primeira vez, escreveu vários livros. Paulo mencionou que um dos homens que o ajudava era Demas. Ele enviou saudações de Demas para todos os seus amigos na Turquia. Então Paulo foi libertado da prisão, e assumimos que Demas e os outros fizeram parte de sua equipe enquanto viajavam.

Em sua segunda prisão, Paulo também escreveu vários livros, o último do qual foi sua carta a Timóteo, um dos colegas de Demas. No último capítulo de 2 Timóteo - o último parágrafo que Paulo escreveu até onde sabemos, há uma frase trágica: "Demas me abandonou, tendo amado este mundo presente". Ele foi levado cativo, tomado como refém e perdido da causa de Cristo.

Uma grande tragédia está ocorrendo hoje na igreja evangélica. Nossos números são legiões,  mesmo assim somos uma minoria na cultura mundial. A Síndrome de Estocolmo penetrou na igreja e alterou os pontos de vista de muitos cristãos sobre a realidade. Começamos a acreditar em uma mentira. Acreditamos que nossos inimigos são realmente nossos amigos, e nossos antigos amigos são nossos inimigos. A lealdade que uma vez demos a Deus agora damos ao mundo.

Olhemos para a Síndrome espiritual de Estocolmo que agarra grande parte da igreja hoje à luz de João. Ele disse: "Meus filhinhos", dando-lhes um sério aviso sobre a riqueza de sua experiência, "não ame o mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele". O mundo é seu inimigo, não seu amigo. Não o adore. A tragédia da síndrome de Estocolmo é que o medo dos reféns é gradualmente substituído por um amor pelo inimigo que os escraviza e pode mata-los. "O mundo está passando", diz João, "Somente aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre".

A primeira questão a fazer para não amar o mundo é: quem são nossos inimigos hoje?

Quero perguntar e responder quatro perguntas sobre a Síndrome de Estocolmo e sobre como não amar o mundo. A primeira é: quem são nossos inimigos hoje?

Dwight L. Moody, grande evangelista, disse: "Temos três inimigos: o mundo, a carne e o Diabo. E temos três amigos: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo".

Você sabe o que a Bíblia diz sobre o Diabo? Primeiro, diz que o Diabo é real. Há um Satanás, assim como existe Deus. Em segundo lugar, ele disse que ele é o deus deste mundo; Este mundo foi cedido ao Diabo, como sua área de atuação, sob a soberania de Deus, até Cristo voltar. Assim, em Efésios 1, Paulo diz que quando somos convertidos, somos trasladados do reino do mundo - o reino do Maligno - para reino do filho do amor de Deus. Todos nascidos neste sistema mundial e vivendo debaixo dele fora da graça redentora de Deus estão sob a circunscrição de Satanás. João diz no terceiro capítulo de sua pequena carta: "O mundo inteiro está no Maligno". Isso é perfeitamente parafraseado na Bíblia Viva: "Todo o mundo está sob o domínio de Satanás". Não há outra explicação para a proliferação progressiva do mal. O mundo é nosso inimigo. Então, Paulo classifica todos os homens não-cristãos em Efésios 2.2 como obedecendo ao príncipe das potestades do ar. Pessoas fora de Cristo estão obedecendo ao Diabo naquilo que fazem.

Jesus disse que o Diabo se disfarça de um anjo de luz. Ele é enganador e nosso inimigo. O mundo é sua esfera de poder. Ele está falando sobre o mundo aqui do mesmo modo que Jesus falou em João 3.16. É esse conglomerado de homens criados, que, fora de Cristo, estão seguindo seus desejos e ambições egoístas. Paulo diz: "Não ame este mundo de homens que se corromperam em sua sociedade. Se você ama este mundo, o amor do Pai não está em você".

Por que os cristãos sucumbem a esta síndrome espiritual de Estocolmo? Se você é criado em ambiente não cristão, você é estranho a Deus. À sua vista, Deus não é Deus, a Bíblia não é autoridade, o pecado não é pecado para você. Talvez a igreja e Jesus Cristo sejam seus inimigos. Eu li de um professor universitário que observou sagazmente (de acordo com sua própria opinião) que o movimento cristão é a maior tragédia da história. Muitas pessoas concordam, embora nunca digam isso. Por quê? Porque o movimento cristão e a Palavra de Deus são ameaças a um estilo de vida mundano. São ameaça para o que João fala aqui: "a luxúria da carne e a luxúria dos olhos e o orgulho da vida". É uma ameaça à devoção total à indulgência egoísta.

A segunda pergunta a fazer é: por que os cristãos sucumbem ao mundanismo?

Então, por que os cristãos sucumbem? Deixe-me sugerir quatro coisas.

Primeiro, os cristãos sucumbem por ingenuidade. Muitos cristãos, particularmente aqueles nascidos na cultura evangélica tradicionalista, têm uma visão ingênua do mundo. Pensam que o mundo é um lugar atraente. Feliciana, quando foi para a faculdade, de repente explodiu no mundo, e tudo era glamour, lantejoulas e brilhantina, plumas e paetês para ela. E música, ah! a música... Muitos cristãos são ingênuos sobre o mundo até chegarem a uma crise trágica, muitas vezes muito tarde.

O mundo parece bom porque Satanás faz com que pareça assim. Ele veio a Adão e Eva no jardim e disse: "Por que você não come daquela bela árvore?" Ele apresentou o pecado como atraente. Adão e Eva sucumbiram como muitos cristãos fazem hoje - "o mundo não é mau; O pecado não é tão ruim assim". A devassidão da vida secular não assusta mais, a promiscuidade e a entorpecência parecem até fazer parte do amadurecimento e desenvolvimento pessoal, e quem não pratica essas coisas está apenas perdendo a vida. Nós somos ingênuos, e nada inocentes sobre o que está lá debaixo do glamour.

Em segundo lugar, os cristãos sucumbem à Síndrome de Estocolmo Espiritual por causa do laxísmo espiritual.

O vôo 847 da Trans World Airlines foi do Cairo para San Diego, com paradas de rota em Atenas, Roma, Boston e Los Angeles. [1] Na manhã de sexta-feira, 14 de junho de 1985, o vôo 847 foi sequestrado por membros do Hezbollah e da Jihad Islâmica pouco depois de decolar de Atenas. Os sequestradores exigiam a libertação de 700 muçulmanos xiitas que estavam sob custódia israelense. 

Os passageiros e a equipe sofreram uma provação intercontinental de três dias. Alguns passageiros foram ameaçados e outros mortos. Os passageiros com nomes judeus foram separados dos outros. O mergulhador da Marinha dos Estados Unidos, Robert Stethem, foi assassinado, e seu corpo jogado na pista. Dezenas de passageiros foram reféns nas próximas duas semanas, até serem liberados pelos seus captores depois que algumas de suas demandas foram atendidas

O pastor Samuel Gilmore conduzia um grupo de turismo rumo a Israel e foi forçado a pousar em Atenas três dias depois que o TWA 847 foi sequestrado. Os Estados Unidos invocaram sanções contra a Grécia por causa da falta de segurança. Três dias depois, este pastor disse: "A nossa experiência com a equipe de segurança em Atenas não foi tão boa. Havia muitos soldados de pé sem fazer nada. Suas armas estavam muitas vezes deitadas ao chão. Eles eram relaxados quando passamos pelo controle de segurança". Uma tragédia mundial, e eles eram relaxados na segurança. Eles são como cristãos, não são? Eles são exatamente como a igreja tem sido. Estamos relaxados em nossa segurança. Não conseguimos perceber que estamos em perigo. Paulo diz: "Tome cuidado para que não caia". Não seja negligente em sua segurança contra o mal.

Uma terceira razão pela qual os cristãos sucumbem à Síndrome espiritual de Estocolmo é a ignorância dos dispositivos de Satanás. Paulo diz: "Não seja ignorante desses dispositivos" (1Co 2). Satanás não se apresenta como um diabo vermelho cheio de escamas, chifres e rabinho pontudo... Ele se aproxima como o anjo da luz. Ele se aproxima com atrações sedutoras.

A quarta razão pela qual os cristãos sucumbem a esta síndrome é simplesmente a imaturidade espiritual e a falta de convicção cristã. Muitos cristãos não têm a convicção de que o pecado é pecado, que o mundo é atrativo e que o Diabo está vivo. Eles são imaturos na medida em que não reconhecem o apelo da tentação. Quando João diz: "Não amem o mundo", acham que João era um velho enganado. O mundo é atraente, bonito, gratificante e bom. Não temos convicção sobre a existência do mal no mundo. João diz: "Meus queridos filhinhos, cuidado com a Síndrome de Estocolmo espiritual. Não ame o mundo nem as coisas que estão no mundo".

A terceira questão é: como os cristãos são enganados e escravizados? João diz: "As coisas que estão no mundo são estas: a luxúria da carne, a luxúria dos olhos e o orgulho da vida". A palavra luxúria é poderosa, e não é uma tradução errada. Porém é uma palavra muito mais abrangente e inclusiva do que tendemos a pensar. Não precisa se referir a algum bêbado grosseiro, deitado nas sarjetas, entregue à saciedade com pinga e marafo. Não precisa se referir a algum adúltero desagradável. Pode ser atraente. Uma tradução melhor em nossa cultura é esta: qualquer desejo desordenado da carne; qualquer desejo excessivo do olho; qualquer orgulho desordenado de vida.

Como isso acontece? Como os cristãos estão presos? Primeiro, porque estamos imersos na cultura de nossa sociedade afluente, materialista e secular. Consequentemente, perdemos a consciência desse fato. Estamos tão saturados que nossa guarda está baixa.

Você conhece a velha história de como ferver um sapo. Você não apenas joga dentro da panela pra ferver ou ele vai pular fora antes de se queimar. Então, você o coloca em uma panela de água fria, e ele fica perfeitamente confortável. Então o coloca no fogão, e pouco a pouco a água fica quente. É agradável no início. Então chega à temperatura de um banho de sauna ofurô, e ele fica um pouco alarmado. Finalmente, quando está fervendo, já é muito tarde. Nós, cristãos, somos assim, não? Encontramos o mundo tão agradável no início. Então fica um pouco mais quente, e é ainda mais agradável. Aqui está Feliciana na universidade e Ernesto nos negócios. Um dia, acordamos e percebemos o perigo: "Isso vai me matar e não tenho força para sair". Meu pai sempre dizia que crente não cai em pecado, vai entrando aos poucos...

A segunda coisa que acontece nesta cultura é a lavagem cerebral. Observe as propagandas publicitárias: elas tentam fazer uma lavagem cerebral para que os bobos acreditem que se usar o desodorante tal e o shampoo tal, o jeans correto e beber a cerveja certa a vida será gloriosa. Você está sendo manipulado em acreditar que a felicidade, a alegria e a satisfação virão do que você tem no seu rosto ou no estômago (ou nas pernas!). Contudo, essa é uma mentira! Algumas das pessoas mais miseráveis do mundo e suicídios mais proeminentes aconteceram com pessoas que tinham tudo - Marilyn Monroe, Robin Williams, Kurt Cobain, por exemplo - são pessoas que tiveram tudo, conforme esse mundo. Eles usavam o jeans correto e o desodorante e o perfume e o shampoo, mas suas vidas eram trágicas.

Nosso cérebro é lavado por dramas. De acordo com Wadislau Gomes, somos motivados por palavras e pessoas. O drama das pessoas e das palavras acabam por nos convencer de qualquer coisa, para a verdade ou para a mentira. O que os dramas da mídia nos dizem? Eles nos dizem que o sexo fora do casamento é natural, o aborto e a homossexualidade como um estilo de vida alternativo devem ser legalizados. Estão nos dizendo de forma dramática (o que é muito mais atraente do que a maioria dos sermões, infelizmente), que todas essas coisas são boas e as crianças deixadas à própria sabedoria dão certo. Os adultos dão certo quando estão imersos em uma cultura secular e a guarda está baixa.

A terceira razão pela qual os cristãos ficam presos é que somos seduzidos pela gentileza aparente.

Em Beirute, uns terroristas do jihad fizeram um banquete para seus reféns em um hotel de luxo no Mediterrâneo. Estes Terroristas ameaçavam  matá-los se os Estados Unidos não se curvassem, tratando-os gentilmente. Assim, vários reféns simpatizavam com seus pontos de vista. Essa é uma característica comum da síndrome. O que você achou que iria acontecer hoje? As pessoas fazem apologias pelo mundo. "Bem, o mundo é bom. Não condene isso. Não condene aquilo. Não seja negativo". Que frase bonita é essa! Quão bom isso faz você se sentir: "Eu não serei um cristão negativo". Bem, é melhor ser negativo sobre o pecado; é melhor ser negativo sobre adultério, roubo, mentira e desonestidade que levar o nome de Deus em vão. Os Dez Mandamentos não foram dez sugestões revogadas com a nova geração; Eles são a Lei de Deus. Estamos sendo seduzidos pelas aparentes gentilezas que nos cercam.

Uma das razões pelas quais caímos é o medo de perder nossa vida. Jesus antecipou isso. Ele disse: "Aquele que procura a sua vida vai perdê-la. Mas aquele que perde a vida por amor de mim e o Evangelho achará a vida eterna". Podemos perder uma pequena popularidade; podemos perder um pouco de status. Algumas pessoas perderam empregos, mas permaneceram fieis a Jesus Cristo. Vamos encontrar vida na experiência e experiência na vida. Não deixemos que o medo de perder as coisas nos leve cativos. Os cristãos, como resultado dessas coisas, adotam o ponto de vista do captor. Você encontrará cristãos no mundo. O que estamos fazendo? Caminhamos ao lado do inimigo? Nos vendemos para adequar ao estilo de vida do inimigo?

Jesus disse que estamos no mundo, mas não somos do mundo. A maioria dos cristãos de hoje é dele, com isso, por isso, passam a amá-lo. Nós temos de estar atentos.

Os cristãos devem ser diferentes. O sal serve para purificar, temperar e mudar o que tocar no mundo, não ser alterado por ele. Jesus disse que devemos ser luz no mundo. Ele disse: "Não deixe sua luz encoberta. Os cristãos devem resplandecer no meio de um mundo sombrio". As pessoas sabem que estão lá e são diferentes. Cuidado com a síndrome de Estocolmo.

A quarta questão a fazer é: como podemos ser liberados do nosso cativeiro?

Como seremos libertados do cativeiro se realmente somos seduzidos pela síndrome espiritual de Estocolmo?

Primeiro, devemos ser redimidos. Lembre-se de como os prisioneiros saíram de Beirute? Os Estados Unidos fizeram um acordo silencioso com Israel. Em troca desses 37 reféns, 800 muçulmanos foram libertados. Eles fizeram um acordo; eles foram redimidos. A Bíblia nos diz que Jesus Cristo nos redimiu de toda iniquidade para purificar para si próprio um povo para sua própria possessão. Quando Cristo morreu na cruz, nos comprou da escravidão de nosso inimigo, para que pudéssemos nos tornar o povo de Deus. Você deixou que Cristo o redimisse deste mundo? Ou você ainda é parte integrante deste sistema mundial que Jesus Cristo morreu para salvar e resgatar? Jesus se entregou para satisfazer a justiça do Pai, ele é o penhor da nossa liberdade.

Em segundo lugar, se fomos redimidos, a nossa lealdade primária tem de ser para Jesus Cristo. Jesus disse: "Ninguém pode servir dois mestres. Você ama aquele e odeia o outro. Você não pode servir o mundo e Deus ao mesmo tempo". É por isso que João diz: "Não ameis o mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele". Muitos cristãos estão tentando, e estão falhando em Deus. Foram seduzidos, lavados, capturados e ligados pelo sistema em que vivemos. O sal foi destruído e a luz foi coberta.

Em terceiro lugar, resista ao Diabo. Tiago disse: "Você não brinca com o Diabo", como Fausto tentou fazer na tragédia imortal de Goethe. Você não joga xadrez com o Diabo e pensa que você ganhará. Você perderá sua vida.

A quarta coisa que fazemos é retornar ao nosso primeiro amor, Jesus Cristo. Digamos que você fosse um desses 37 reféns de Beirute. Por hora você está vivendo com medo. Você foi desertado pelo seu próprio país e ameaçado de morte. Um dia disseram para você ser preparado para ir para a Síria; Você está pronto para ir, e então dizem que isso não vai acontecer. Finalmente, você vai para Damasco. Você vê esse avião na pista de pouso e embarca. Você ainda está com medo. Se lembra de que estava em um avião antes, e havia terroristas com granadas prontas para explodir. Finalmente, você vê o último rosto libanês desaparecer, a porta está fechada e o avião sai do chão. Como está se sentindo? Eles estavam dizendo: "Quando vamos voltar para Beirute?" Não. "Vamos estar em casa!" Isso é o que eles estavam falando até Frankfurt.

Conclusão
Durante uma simulação de negociação, a minha primeira na verdade, sob a instrução do professor, fui ao telefone e perguntei ao simulado perpetrador: "Oi, tudo bem?" Durante a próxima hora e meia, todos zombavam de mim pela inabilidade de negociar reféns. Depois de então, corrigi o meu erro, e entendi que não está tudo bem. A simulação ali era feita pra que aprendêssemos a importância de saber negociar reféns Há vidas em jogo, e um sequestro da nossa alegria da salvação está acontecendo. O papel da igreja hoje, é de identificar que não está tudo bem. A violência espiritual é tão palpável quanto a violência física.

A escravidão da síndrome de Estocolmo sobre um cristão é drástica. Podemos ser enganados e lavados, seduzidos e escravizados, e pensamos que estamos felizes por um tempo. Mas Paulo tem uma frase em Romanos 8.21: "A gloriosa liberdade dos filhos de Deus em Cristo Jesus". O mundo tentará nos acalmar para que durmamos com seus slogans tranquilizadores e atrações tentadoras, mas deixe a gloriosa liberdade de Jesus Cristo ser sua atração nesta vida: libertação do medo da morte; da escravidão dos maus hábitos, mesmo quando não estamos conscientes deles; libertação dos efeitos do pecado; da futilidade e frustração. Ele lhe dará a liberdade para desenvolver seus talentos, suas habilidades, sua carreira, sua vida e sua família, sem restrições de influências hostis de dentro de si. Ele te concederá liberdade da vergonha e da culpa. Você não precisa correr o tempo todo, preocupado com a sua consciência, quando sabe que desobedeceu a Deus.

A liberdade gloriosa dos filhos de Deus é de desfrutar amor puro e amigos verdadeiros, respirar o ar puro de valores elevados, ver os elevados ideais da fé cristã e desfrutar da estimulante amizade de Cristo e da sua igreja. O caloroso abraço de uma família verdadeiramente amorosa, onde Deus é o primeiro. Paulo diz: "na gloriosa liberdade". Os filhos de Deus se libertam da escravidão do mundo.

João realmente está dizendo nestes versos: "Você pode viver de forma eficaz e triunfante no mundo. O problema vem quando você leva o mundo para dentro de você, quando você deixa que as coisas que caracterizam o mundo - a luxúria dos olhos e a carne e o orgulho da vida - caracterizem você também. Você pode viver no mundo e não ser do mundo. Não levando o mundo ao seu próprio coração". Então, você está sequestrado? Você deve sair deste cativeiro. Descarte. Saia para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.

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